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lula cardoso ayres
sem título
1957
salão nobre UFRPE

1934 - 1º Congresso Afrobrasileiro
em Recife

>>contexto político importante de construção das narrativas identitárias nacionais<<

>>mito da democracia racial ganhou oficialidade no governo Vargas<<

devir da nação

constituição do corpo-espécie da população

Di Cavalcanti
Vilarejo com Paisagem
1965/6
óleo sobre cartão

Héctor Carybé
Banhistas
1986
óleo s/tela

"a botija de rio formoso e outras histórias"

Maria do Socorro Cipriano

"1º Congresso Afro-Brasileiro (1934), biopolítica e democracia racial: implicações na educação contemporânea"

Mozart Linhares da Silva
Mateus Silva Skolaude

BREVE ENSAIO (PARTE DE OUTROS ENSAIOS MEUS)

PERSPECTIVISMO DA HISTÓRIA DA ARTE

RECONTAR A HISTÓRIA DA ARTE MODERNA BRASILEIRA
A PARTIR DO SOLO

COMO SE FOSSE O SOLO CONTANDO
DESDE A INVASÃO COLONIAL

COMO ESSE SOLO VAI IMPREGNAR AS PINTURAS

COMO ESSE SOLO APARECE NAS PINTURAS MODERNAS?

- O QUE ESSE SOLO CONTA DESSAS PINTURAS?
- COMO ESSE SOLO VÊ ESSAS PINTURAS?
(ONDE ELE É APRESENTADO)

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/REMEXIDO
/ESCAVADO
/TRANSPORTADO
/ALTERADO
/PLANTADO
/REPLANTADO
/DESLOCADO

COMO ESSES PROCESSOS
TÊM IMPLICAÇÃO
NESSE SOLO COMUM,
QUE SIGNIFICA ESSA
FLORESTA, ESSA MATA
DO VIRGEM (DO MACUNAÍMA)

E COMO ESSE
SOLO VOLTA NA
CONTEMPORA
NEIDADE

PASSADO
PRESENTE
FUTURO

*SOMOS TERRÁQUEOS,
MAS UMA ESPÉCIE "HOMEM" SE COLOCA ACIMA DAS OUTRAS

CARÁTER NOSTÁLGICO

É MAIS UMA INVESTIGAÇÃO
QUE SE PROPÕE A PENSAR ESSA
HISTÓRIA E COMPORTAMENTO
OU ESSA
ATUAÇÃO DO
SOLO COM
UMA AGÊNCIA
COMO UMA
POSSÍVEL
ALTERNATIVA;
OUTRA HISTÓRIA
DA ARTE MODERNA
BRASILEIRA

>INVESTIGAR ESSES VESTÍGIOS
>COMO ESSE SOLO APARECE
>COMO ELE SE INTEGRA
>PENSAR QUE GESTOS O SOLO ACIONA
>COMO O SOLO SE MOVIMENTA

ANALISANDO
A PARTIR DA PERSPECTIVA DO SOLO

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Porquanto
como conhecer as coisas senão sendo-as?

Desfrutando entre bichos
raízes, barro e água
o homem habitava
sobre um montão de pedras.

Dentro de sua paisagem
— entre ele e a pedra —
crescia um caramujo.

Davam flor os musgos...
Subiam até o lábio
depois comiam toda a boca
como se fosse uma tapera.

Convivência de murta
e rãs...A boca de raiz
e água escorria barro...

Bom era
sobre um pedregal frio
e limoso dormir!
Ao gume de uma adaga
tudo dar.

Bom era ser bicho
que rasteja nas pedras;
ser raiz de vegetal
ser água.

Bom era caminhar sem dono
na tarde
com pássaros em torno
e os ventos nas vestes amarelas.

Não ter nunca chegada
nunca optar por nada.
Ir andando pequeno sob a chuva
torto como um pé de maçãs.

Bom era entre botinas
tronchas pousar depois...
como um cão
como um garfo esquecido na areia.

Ir a terra me recebendo
me agasalhando
me consumindo como um selo
um sapato
como um bule sem boca...

Ser como as coisas que não têm boca!
Comunicando-me apenas por infusão
por aderências
por incrustações...Ser bicho, crianças,
folhas secas!

Ir criando azinhavre nos artelhos
a carne enferrujada
desfeita em flor de ave, vocábulos, ícones.
Minhas roupas como um reino de traças.

Bom era
ser como o junco
no chão: seco e oco.
Cheio de areia, de formiga e sono.
Ser como pedra na sombra (almoço de musgos)
Ser como fruta na terra, entregue
aos objetos...

(Compêndio pra uso dos pássaros

, 1960)
Manoel de Barros

""ENSAIO""
(NO TEXTO E NO PENSAMENTO

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

PARAÍSO
"ESPAÇO
FECHADO"
(ilhas, matas, espaço murado)

SOLO "PARADISÍACO"
- FECUNDIDADE, LAVOURA
- ABUNDÂNCIA
- FERTILIDADE
- BROTO
- VIDA
(visão edênica)

TARSILA DO AMARAL
"COMPOSIÇÃO (FIGURA SÓ)", 1930

CONTRAPOSIÇÃO DO SOLO
"ESPAÇO ABERTO" (DOREEN MASSEY)

SOLO "SECULAR"
- FECUNDIDADE
- LUXÚRIA?
- TERRENO / PROFANO
- CORPO / MATÉRIA / SUJEIRA
- DECOMPOSIÇÃO

"POVO TRISTE NUMA TERRA RADIOSA"

PAULO PRADO ("RETRATOS DO BRASIL")

"BRASILEIRO É UM DESTERRADO NA PRÓPRIA TERRA" (PORTUGUESES, INDÍGENAS, AFRICANOS)

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

ANITA MALFATTI
"SAMBA", 1945

HELOISA HARIADNE
"Neblinando a sensação de ilusão que é navegar na terra", 2021

PARAÍSO:
CLIMA TEMPERADO- NEM QUENTE, NEM FRIO